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Qual o novo nome do Gorgonzola?

O que está por trás do misterioso sumiço do queijo tipo Gorgonzola da prateleiras do mercado? Um acordo internacional, tradição italiana e uma grande oportunidade para os queijos brasileiros ganharem ainda mais identidade.

Publicado em: - 2 minutos de leitura

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Pra quem fez uma visitinha à gôndola de queijos ultimamente nos mercados, talvez já tenha notado um sumiço misterioso: "Uai, cadê o Gorgonzola?"

Calma, ele não foi cancelado e muito menos extinto. Também não se trata de uma campanha de marketing criativa para ganhar likes.  O que está por trás desse desaparecimento é um acordo internacional, tradição italiana e uma grande oportunidade para os queijos brasileiros ganharem ainda mais identidade.

O que está acontecendo?

Até pouco tempo, era comum encontrar por aí queijos chamados de “tipo Gorgonzola”, feitos no Brasil com a receita inspirada no famoso queijo italiano. Mas isso está mudando. A razão? Um acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia.

Dentro desse acordo, selado em 2019 e ainda não sem data para começar a valer, o Brasil ou a reconhecer oficialmente as Denominações de Origem Protegida (DOP)/ Indicações Geográficas (IG) de produtos europeus. Isso significa que só pode ser chamado de Gorgonzola aquele queijo azul feito segundo as regras tradicionais — e na região específica da Itália (como Lombardia e Piemonte).

É o mesmo princípio que vale para o Champagne (só pode chamar assim o feito na região de Champagne, na França) ou para o Parmigiano Reggiano.

E o que muda na prática?

Os produtores nacionais não poderão mais usar o nome “Gorgonzola”, nem mesmo com o “tipo” antes. Por isso, começaram a surgir novas denominações nos rótulos: “Queijo Azul”, “Azul Cremoso” ou até nomes próprios criativos, que abrem espaço para a identidade brasileira nesse universo.

Mas afinal, o que é esse tal de queijo azul?

É um tipo de queijo de sabor marcante e textura cremosa, conhecido pelas veias azuladas que aparecem em seu interior — resultado da ação do fungo Penicillium. O mofo é introduzido na massa durante a produção e se desenvolve na maturação, conferindo o visual marmorizado, o aroma intenso e aquele gostinho único que divide opiniões (e conquista corações!).

Segundo o Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária), os produtores que não estiverem na lista de usuários prévios não poderão usar os termos após a entrada em vigor do acordo Mercosul-União Europeia. Restaurantes, pizzarias, distribuidores e importadores não serão afetados, já que não se encaixam como produtores.

De forma geral, o nome pode ser utilizado por titulares de registros ou por aqueles que realizaram o pedido antes da consulta pública prévia ao acordo. Algumas nomenclaturas também podem ser utilizadas em casos de traduções que constituem termos comuns para designar um produto.

E o sabor, muda?

A boa notícia: nem tanto! As receitas podem continuar muito parecidas, com aquele sabor intenso, marcante e a textura amanteigada que o brasileiro aprendeu a amar. A diferença agora está no nome, que precisa respeitar as regras internacionais.

E o que o Brasil ganha com isso?

Apesar de parecer uma mera formalidade, essa mudança traz benefícios:

  • Mais transparência para o consumidor sobre a origem dos produtos;
  • Os produtores europeus têm suas tradições respeitadas;
  • E os brasileiros ganham espaço para criar identidades próprias, valorizando nossos queijos artesanais e inovando nas receitas.

Moral da história: o nome mudou, mas o sabor pode continuar incrível. Explore, prove, descubra — quem sabe você não encontra um novo queijo azul favorito, 100% brasileiro?


Agora é com você: teste seus conhecimentos na nossa cruzadinha dos queijos azuis!

 


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Material escrito por:

Maria Luíza Terra

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Calma, ele não foi cancelado e muito menos extinto. Também não se trata de uma campanha de marketing criativa para ganhar likes.  O que está por trás desse desaparecimento é um acordo internacional, tradição italiana e uma grande oportunidade para os queijos brasileiros ganharem ainda mais identidade.

O que está acontecendo?

Até pouco tempo, era comum encontrar por aí queijos chamados de “tipo Gorgonzola”, feitos no Brasil com a receita inspirada no famoso queijo italiano. Mas isso está mudando. A razão? Um acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia.

Dentro desse acordo, selado em 2019 e ainda não sem data para começar a valer, o Brasil ou a reconhecer oficialmente as Denominações de Origem Protegida (DOP)/ Indicações Geográficas (IG) de produtos europeus. Isso significa que só pode ser chamado de Gorgonzola aquele queijo azul feito segundo as regras tradicionais — e na região específica da Itália (como Lombardia e Piemonte).

É o mesmo princípio que vale para o Champagne (só pode chamar assim o feito na região de Champagne, na França) ou para o Parmigiano Reggiano.

E o que muda na prática?

Os produtores nacionais não poderão mais usar o nome “Gorgonzola”, nem mesmo com o “tipo” antes. Por isso, começaram a surgir novas denominações nos rótulos: “Queijo Azul”, “Azul Cremoso” ou até nomes próprios criativos, que abrem espaço para a identidade brasileira nesse universo.

Mas afinal, o que é esse tal de queijo azul?

É um tipo de queijo de sabor marcante e textura cremosa, conhecido pelas veias azuladas que aparecem em seu interior — resultado da ação do fungo Penicillium. O mofo é introduzido na massa durante a produção e se desenvolve na maturação, conferindo o visual marmorizado, o aroma intenso e aquele gostinho único que divide opiniões (e conquista corações!).

Segundo o Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária), os produtores que não estiverem na lista de usuários prévios não poderão usar os termos após a entrada em vigor do acordo Mercosul-União Europeia. Restaurantes, pizzarias, distribuidores e importadores não serão afetados, já que não se encaixam como produtores.

De forma geral, o nome pode ser utilizado por titulares de registros ou por aqueles que realizaram o pedido antes da consulta pública prévia ao acordo. Algumas nomenclaturas também podem ser utilizadas em casos de traduções que constituem termos comuns para designar um produto.

E o sabor, muda?

A boa notícia: nem tanto! As receitas podem continuar muito parecidas, com aquele sabor intenso, marcante e a textura amanteigada que o brasileiro aprendeu a amar. A diferença agora está no nome, que precisa respeitar as regras internacionais.

E o que o Brasil ganha com isso?

Apesar de parecer uma mera formalidade, essa mudança traz benefícios:

  • Mais transparência para o consumidor sobre a origem dos produtos;
  • Os produtores europeus têm suas tradições respeitadas;
  • E os brasileiros ganham espaço para criar identidades próprias, valorizando nossos queijos artesanais e inovando nas receitas.

Moral da história: o nome mudou, mas o sabor pode continuar incrível. Explore, prove, descubra — quem sabe você não encontra um novo queijo azul favorito, 100% brasileiro?


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