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Conheça as interrelações entre as doenças do peri-parto

A tecnificação da produção leiteira encontra-se associada a um complexo de afecções do peri-parto. As vacas leiteiras de alta produção são mais suscetíveis às doenças metabólicas. Não permita que uma cascata de problemas leve todo o potencial das vacas leiteiras no início da lactação.

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A tecnificação da produção leiteira encontra-se associada a um complexo de afecções do peri-parto. As vacas leiteiras de alta produção são mais suscetíveis às doenças metabólicas. Não permita que uma cascata de problemas leve todo o potencial das vacas leiteiras no início da lactação.

Os principais problemas que acometem as vacas no peri-parto são: Hipocalcemia (febre do leite), Acidose, Cetose, Deslocamento do Abomaso, Retenção de Placenta, Prolapso do Útero, Metrite, Mastite, Laminite, entre outras...
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Foi realizado um estudo em 31 fazendas leiteiras de Nova York - USA para detectar os fatores de risco associados às doenças do pós-parto, onde foram constatados alguns dados interessantes:

1- Vacas que apresentam Febre do Leite são:

- 23,6 vezes mais propensas a desenvolver problemas de Cetose
- 7,2 vezes mais propensas a apresentar Distocia no Parto
- 5,4 vezes mais propensas a apresentar Mastite Clínica
- 4,0 vezes mais propensas à Retenção de Placenta

2- Vacas que apresentam Retenção de Placenta são:

- 16,4 vezes mais propensas a desenvolver problemas de Cetose
- 5,7 vezes mais propensas a apresentar Metrite

3- Vacas que apresentam Deslocamento de Abomaso para esquerda apresentam:

- 53,5 % de chance terem problemas de Cetose
- 3,6 vezes mais propensas a apresentar Metrite

4-Vacas que têm Parto Distócico e necessitam de ajuda para retirada do bezerro são:

- 4,9 vezes mais propensas a apresentar Metrite

Quando uma vaca tem baixos níveis de cálcio no sangue, há uma maior probabilidade dela desenvolver doenças como a cetose, mastite e metrite, principalmente. A febre do leite causa a liberação de cortisol, hormônio que afeta sobremaneira a resposta das células de defesa do organismo animal. Os baixos níveis de cálcio no sangue e a cetose são problemas metabólicos que, quando a vaca apresenta certo nível de estresse nutricional, a mastite e a metrite podem ocorrer com maior facilidade.
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O cálcio é necessário para a contração muscular, incluindo a contração da musculatura uterina. Desta forma, quando uma vaca recém-parida tem uma deficiência de cálcio, sua habilidade de contrair o útero e expulsar o conteúdo do mesmo fica prejudicada. Além disso, o excessivo estiramento do útero (como por exemplo no caso de gêmeos ou dificuldade no parto) podem também diminuir a contratibilidade do útero, que por sua vez leva à retenção de líquidos e membranas além do período normal, originando excelentes meios para o crescimento das bactérias. O resultado: Metrite.

Da mesma forma o cálcio é necessário para a contração e movimento do rúmen e abomaso. Os baixos níveis de cálcio podem predispor a um deslocamento para a esquerda do abomaso, além da ocorrência de uma cetose secundária.

Vacas com baixos níveis de cálcio comem menos e acentuam o balanço energético negativo do período pós-parto, afetando, desta maneira, a função de defesa dos neutrófilos e dos macrófagos. A queda na resistência da vaca leiteira pode também permitir o crescimento de bactérias no úbere e a ocorrência de uma mastite clínica.

Por fim, pode-se enfatizar que além do teor de energia na dieta que é fator limitante para o bom desempenho da vaca leiteira no peri-parto, os teores de cálcio e as alterações nos níveis deste mineral durante esta fase da lactação são de fundamental importância para a prevenção e controle dos distúrbios metabólicos que possam vir a ocorrer.

_____________________

fonte: Dairy Herd Management / Novembro - 1999
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Material escrito por:

Renata de Oliveira Souza Dias

Renata de Oliveira Souza Dias

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Os principais problemas que acometem as vacas no peri-parto são: Hipocalcemia (febre do leite), Acidose, Cetose, Deslocamento do Abomaso, Retenção de Placenta, Prolapso do Útero, Metrite, Mastite, Laminite, entre outras...
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1- Vacas que apresentam Febre do Leite são:

- 23,6 vezes mais propensas a desenvolver problemas de Cetose
- 7,2 vezes mais propensas a apresentar Distocia no Parto
- 5,4 vezes mais propensas a apresentar Mastite Clínica
- 4,0 vezes mais propensas à Retenção de Placenta

2- Vacas que apresentam Retenção de Placenta são:

- 16,4 vezes mais propensas a desenvolver problemas de Cetose
- 5,7 vezes mais propensas a apresentar Metrite

3- Vacas que apresentam Deslocamento de Abomaso para esquerda apresentam:

- 53,5 % de chance terem problemas de Cetose
- 3,6 vezes mais propensas a apresentar Metrite

4-Vacas que têm Parto Distócico e necessitam de ajuda para retirada do bezerro são:

- 4,9 vezes mais propensas a apresentar Metrite

Quando uma vaca tem baixos níveis de cálcio no sangue, há uma maior probabilidade dela desenvolver doenças como a cetose, mastite e metrite, principalmente. A febre do leite causa a liberação de cortisol, hormônio que afeta sobremaneira a resposta das células de defesa do organismo animal. Os baixos níveis de cálcio no sangue e a cetose são problemas metabólicos que, quando a vaca apresenta certo nível de estresse nutricional, a mastite e a metrite podem ocorrer com maior facilidade.
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O cálcio é necessário para a contração muscular, incluindo a contração da musculatura uterina. Desta forma, quando uma vaca recém-parida tem uma deficiência de cálcio, sua habilidade de contrair o útero e expulsar o conteúdo do mesmo fica prejudicada. Além disso, o excessivo estiramento do útero (como por exemplo no caso de gêmeos ou dificuldade no parto) podem também diminuir a contratibilidade do útero, que por sua vez leva à retenção de líquidos e membranas além do período normal, originando excelentes meios para o crescimento das bactérias. O resultado: Metrite.

Da mesma forma o cálcio é necessário para a contração e movimento do rúmen e abomaso. Os baixos níveis de cálcio podem predispor a um deslocamento para a esquerda do abomaso, além da ocorrência de uma cetose secundária.

Vacas com baixos níveis de cálcio comem menos e acentuam o balanço energético negativo do período pós-parto, afetando, desta maneira, a função de defesa dos neutrófilos e dos macrófagos. A queda na resistência da vaca leiteira pode também permitir o crescimento de bactérias no úbere e a ocorrência de uma mastite clínica.

Por fim, pode-se enfatizar que além do teor de energia na dieta que é fator limitante para o bom desempenho da vaca leiteira no peri-parto, os teores de cálcio e as alterações nos níveis deste mineral durante esta fase da lactação são de fundamental importância para a prevenção e controle dos distúrbios metabólicos que possam vir a ocorrer.

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fonte: Dairy Herd Management / Novembro - 1999
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