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Direto ao Ponto Saúde: Doenças respiratórias em bovinos

Entre as doenças mais comuns que acometem bovinos estão as respiratórias, sendo as mais importantes a doença respiratória bovina e a tuberculose, saiba mais.

Publicado por: MilkPoint

Publicado em: - 3 minutos de leitura

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Independente do sistema de produção adotado, problemas com a sanidade do rebanho sempre causam enormes prejuízos e demandam mão de obra extra para tratamento. Entre as doenças mais comuns que acometem os bovinos, estão as doenças respiratórias, sendo as mais importantes o complexo chamado de doença respiratória bovina (DRB) e a tuberculose.

Doença Respiratória Bovina (DRB)

A DRB, também conhecida com pneumonia ou broncopneumonia, acomete principalmente bezerros e está em segundo lugar no ranking de doenças que causam maior índice de mortalidade em fase de aleitamento, além de liderar como causa de morte após o desmame.

Os prejuízos financeiros não se resumem apenas aos gastos com medicamentos e assistência do médico veterinário. A presença desta doença nos estágios iniciais da vida do animal pode impactar toda sua vida produtiva e reprodutiva, aumentando a idade ao primeiro parto, além de comprometer o ganho de peso e a produtividade na primeira lactação.

A DRB pode ser causada por diversos patógenos, atuando juntos ou isoladamente, entre eles vírus e bactérias. Os principais agentes são:

  • Vírus Respiratório Sincicial Bovino (BRSV)
  • Manhheimia haemolytica
  • Vírus da Parainfluenza Bovina (BPIV-3)
  • Pasteurella multocida
  • Herpesvirus Bovino tipo 1 (BOHV-1)
  • Mycoplasma bovis
  • Vírus da Diarreia Viral Bovina (BVDV)
  • Histophilus somnus
  • Coronavírus (BCoV)

Para diagnosticar a DRB é necessário conhecer os animais e observar a mudança de comportamento e a manifestação de alguns sintomas, entre eles: aparência abatida, diminuição do apetite, febre, dificuldade na respiração, tosse, secreção nasal e em alguns casos, secreção ocular.

Doenças respiratórias em bovinosNem sempre há tempo e recurso necessário para coletar a amostra e processá-la para depois prescrever um tratamento. Os exames de identificação de agentes exigem mão de obra altamente qualificada e treinada. O grande problema das broncopneumonias são os processos inflamatórios intensos que ocorrem no pulmão o que leva por sua vez quadros de consolidação (hepatização) pulmonar. Pode-se iniciar um tratamento com um anti-inflamatório não esteroidal (flunixina meglumina) nos sinais leves/precoces e caso não haja uma resposta positiva por parte do animal, entrar com AINE + antibiótico.

É importante ficar atento ao manejo e as instalações de maneira geral, observando fatores de risco como: falha da transferência da imunidade iva em decorrência da falta ou baixa qualidade de colostro, protocolos de vacinação inadequados, manejos que causam estresse ao animal, dietas mal formuladas e falhas na biosseguridade da propriedade, além de fatores ambientais prejudiciais e desencadeadores dessa enfermidade. Pode incluir também alta lotação no bezerreiro.

Tuberculose bovina

Além da DRB, a tuberculose também é uma enfermidade respiratória que acomete rebanhos bovinos. Causada pelo Mycobacterium bovis (M. bovis), a tuberculose bovina é responsável por grandes prejuízos e é considerada uma zoonose significativamente importante para a saúde pública. No Brasil, foi criado um Programa de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose) com objetivo de reduzir o aparecimento da doença no país.

Entre os sintomas que o animal apresenta quando está contaminado pela tuberculose, estão: emagrecimento, tosse, falta de ar, mastite, infertilidade e queda na produção de leite. A transmissão dessa enfermidade é por vias aéreas, e dentre elas, a inalação de aerossóis é a mais comum.

Ingestão de leite cru de animais infectados também pode constituir uma possível via de transmissão, além de contato com secreções nasais dos animais contaminados. Para diagnóstico é utilizado a tuberculinização, um teste que pode ser realizado de três formas: caudal, cervical simples ou cervical comparada.

A melhor forma de controle e erradicação da doença está na prevenção de entrada de animais que estejam positivos no rebanho, e eliminar animais que eventualmente testaram positivo nos testes realizados, visto que não existe vacina disponível.

Prevenir e controlar as doenças da forma mais rápida possível é o melhor caminho para evitar prejuízos econômicos e danos ao rebanho!

Clique aqui para ter mais informações sobre o controle e prevenção de doenças no rebanho.

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Independente do sistema de produção adotado, problemas com a sanidade do rebanho sempre causam enormes prejuízos e demandam mão de obra extra para tratamento. Entre as doenças mais comuns que acometem os bovinos, estão as doenças respiratórias, sendo as mais importantes o complexo chamado de doença respiratória bovina (DRB) e a tuberculose.

Doença Respiratória Bovina (DRB)

A DRB, também conhecida com pneumonia ou broncopneumonia, acomete principalmente bezerros e está em segundo lugar no ranking de doenças que causam maior índice de mortalidade em fase de aleitamento, além de liderar como causa de morte após o desmame.

Os prejuízos financeiros não se resumem apenas aos gastos com medicamentos e assistência do médico veterinário. A presença desta doença nos estágios iniciais da vida do animal pode impactar toda sua vida produtiva e reprodutiva, aumentando a idade ao primeiro parto, além de comprometer o ganho de peso e a produtividade na primeira lactação.

A DRB pode ser causada por diversos patógenos, atuando juntos ou isoladamente, entre eles vírus e bactérias. Os principais agentes são:

  • Vírus Respiratório Sincicial Bovino (BRSV)
  • Manhheimia haemolytica
  • Vírus da Parainfluenza Bovina (BPIV-3)
  • Pasteurella multocida
  • Herpesvirus Bovino tipo 1 (BOHV-1)
  • Mycoplasma bovis
  • Vírus da Diarreia Viral Bovina (BVDV)
  • Histophilus somnus
  • Coronavírus (BCoV)

Para diagnosticar a DRB é necessário conhecer os animais e observar a mudança de comportamento e a manifestação de alguns sintomas, entre eles: aparência abatida, diminuição do apetite, febre, dificuldade na respiração, tosse, secreção nasal e em alguns casos, secreção ocular.

Doenças respiratórias em bovinosNem sempre há tempo e recurso necessário para coletar a amostra e processá-la para depois prescrever um tratamento. Os exames de identificação de agentes exigem mão de obra altamente qualificada e treinada. O grande problema das broncopneumonias são os processos inflamatórios intensos que ocorrem no pulmão o que leva por sua vez quadros de consolidação (hepatização) pulmonar. Pode-se iniciar um tratamento com um anti-inflamatório não esteroidal (flunixina meglumina) nos sinais leves/precoces e caso não haja uma resposta positiva por parte do animal, entrar com AINE + antibiótico.

É importante ficar atento ao manejo e as instalações de maneira geral, observando fatores de risco como: falha da transferência da imunidade iva em decorrência da falta ou baixa qualidade de colostro, protocolos de vacinação inadequados, manejos que causam estresse ao animal, dietas mal formuladas e falhas na biosseguridade da propriedade, além de fatores ambientais prejudiciais e desencadeadores dessa enfermidade. Pode incluir também alta lotação no bezerreiro.

Tuberculose bovina

Além da DRB, a tuberculose também é uma enfermidade respiratória que acomete rebanhos bovinos. Causada pelo Mycobacterium bovis (M. bovis), a tuberculose bovina é responsável por grandes prejuízos e é considerada uma zoonose significativamente importante para a saúde pública. No Brasil, foi criado um Programa de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose) com objetivo de reduzir o aparecimento da doença no país.

Entre os sintomas que o animal apresenta quando está contaminado pela tuberculose, estão: emagrecimento, tosse, falta de ar, mastite, infertilidade e queda na produção de leite. A transmissão dessa enfermidade é por vias aéreas, e dentre elas, a inalação de aerossóis é a mais comum.

Ingestão de leite cru de animais infectados também pode constituir uma possível via de transmissão, além de contato com secreções nasais dos animais contaminados. Para diagnóstico é utilizado a tuberculinização, um teste que pode ser realizado de três formas: caudal, cervical simples ou cervical comparada.

A melhor forma de controle e erradicação da doença está na prevenção de entrada de animais que estejam positivos no rebanho, e eliminar animais que eventualmente testaram positivo nos testes realizados, visto que não existe vacina disponível.

Prevenir e controlar as doenças da forma mais rápida possível é o melhor caminho para evitar prejuízos econômicos e danos ao rebanho!

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