Um mundo sem vacas

Com uma perspectiva neutra de jornalistas que nunca pertenceram ao agro e viajaram pelo mundo para responder: o mundo seria melhor (mais sustentável) sem vacas?

Publicado em: - 6 minutos de leitura

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Nos últimos dias, tive a grande oportunidade de participar do evento Presidents Club organizado pela Alltech nos Estados Unidos. O evento é feito para CEO’s do mundo inteiro e proporciona grande imersão dentro de temas relevantes da atualidade, debates, estudos de caso e experiências enriquecedoras. Fala-se sobre o presente, o futuro e tudo que isso envolve, provocando-nos sobre onde e como queremos estar daqui a alguns anos como pessoas, empresas e setor diante de um contexto com desafios e oportunidades.

Além disso, a organização dá uma aula de gestão, valores, cultura de empresa e relacionamento. Sinto-me verdadeiramente privilegiada por dividir o tempo e o espaço com líderes como Dr. Mark Lyons. Ele olha nos olhos, escuta e recebe tudo e todos com muita presença, dialoga de igual para igual com jovens, transborda propósitos e faz as coisas acontecerem de fato muito além dos seus objetivos como instituição. Vale a inspiração!

evento Presidents Club organizado pela Alltech nos Estados Unidos.
Evento Presidents Club organizado pela Alltech nos Estados Unidos. Foto: autora.

Dentro dessa programação, também tive a oportunidade de assistir a um documentário que estava ansiosa há tempos para ver: World Without Cows (Um mundo sem vacas, título definido em português).

Vou começar pelo final: 1h30 depois da estreia em um lindo teatro antigo no meio da cidade de Lexington, eu estava aplaudindo, em pé e com lágrimas nos olhos. Meus pais e minhas duas irmãs se encontravam exatamente na mesma posição. Não sei afirmar o que pesou mais: uma vida inteira vivendo em uma fazenda de leite e o conforto de enxergar minha realidade representada na vida de muitas outras pessoas, ou meu lado da área de comunicação em êxtase com um material tão completo, necessário e bem produzido.

Teatro em Lexington
Teatro na cidade de Lexington, onde foi exibido o documentário. Fonte: autora.

O documentário traz uma perspectiva totalmente neutra na voz de dois jornalistas que nunca pertenceram ao Agronegócio e se propam a viajar ao redor do mundo para se aprofundar em realidades diferentes a fim de chegar na resposta se o mundo seria melhor – leia-se mais sustentável – sem vacas. Sem muito spoiler, posso adiantar que no fim, brilhantemente, o filme não te entrega uma resposta e, sim, abre espaço para reflexão e discussão. Palmas para esse tipo de narrativa. 

A ideia de abordar um tema complexo, com muitas camadas, nuances e constantemente atacado – muitas vezes apenas na superficialidade –, mas dessa vez completamente baseado em dados, perspectivas diferentes, histórias e contextos únicos, é feita com maestria e imparcialidade.
Sabemos que existe uma equação no mundo para ser resolvida pelos seres humanos: população crescente que precisa ser alimentada versus  o a recursos finitos para produzir comida.

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O grande debate gira, portanto, em torno de visões sobre produzir de forma eficiente ou de forma regenerativa. Alternativamente, em um meio de caminho entre ambas. Essa decisão cabe a cada um de nós – produtores e consumidores. Sem resposta pronta ou certa. Vale, de fato, a reflexão. E acima de tudo, imprescindível o o à realidade e às ferramentas na mão para uma tomada de decisão baseada em fatos dentro do que cada um acredita para o futuro, ou pelo menos, o início para um diálogo com aqueles que insistem que a solução do aquecimento global é parar de comer carne. Jay  Waldvogel (Former Senior Vice President, Strategy and International Development da Dairy Farmers of America) fez uma feliz colocação sobre os pontos que mais chamaram sua atenção no filme durante o de discussão no dia seguinte ao documentário: o formato escolhido de mostrar a ciência por meio de storytelling. Eu também acredito muito nisso. Aproxima. Conecta. Engaja.

Cena do documentário
"
Nosso objetivo é ampliar a conversa sobre pecuária e clima". Cena do documentário. Foto: autora.

Posso afirmar também que saí reflexiva como produtora, consumidora e pessoa.

Como produtora, a lição é sobre a união da cadeia. Não existe uma resposta certa sobre qual é a forma mais sustentável de produzir comida. Vivemos diferentes contextos, realidades, climas, governos, legislações, terras, espaços, os e culturas ao redor do mundo! Ainda bem. Torço para que o setor restabeleça a conexão entre o campo e o consumidor e seja o mais sustentável possível dentro de suas particularidades. Afinal, é o único que tem o grande poder de remoção quando o assunto é emissão de gases do efeito estufa. E ser solução em um momento de crise climática é uma das maiores ferramentas que podem ser usadas pelo Agronegócio.

Como consumidora, fico feliz por assistir a um conteúdo que me traz dados científicos em uma linguagem ível. A educação é o caminho para transformarmos realidades. Oferecer informações com embasamento para que cada ser humano tenha o discernimento para poder fazer escolhas e tomar decisões é essencial. Para mim, rastreabilidade é palavra de ordem quando se trata de consumo no mundo que vivemos hoje – em qualquer setor. É saudável me deparar com diferentes modelos de produção e, na gôndola do supermercado, poder fazer a escolha que, dentro da minha realidade, conversa com o que eu acredito. Comer é um ato político e defenderei sempre a importância de escolher conscientemente o que eu levo para dentro da minha casa. Indo direto ao ponto: é essencial ter muita responsabilidade sobre quem e o quê eu apoio dentro de todos os recortes para que essa escolha possa existir, obviamente.

Por fim, como pessoa, me emociona ver muita gente ao redor do mundo abrindo suas porteiras e mostrando suas diferentes vivências no campo. É a tal paixão que tantos falam e que só quem vive sabe o que é sentir, diariamente, na pele. Os jornalistas não sabiam qual era esse sentimento, da mesma forma que outras bilhões de pessoas ao redor do mundo também desconhecem. Mais uma vez, ponto para o documentário que conseguiu romper essa bolha. Já dizia John Dutton na série Yellowstone ao ser questionado pelo seu neto: “se a pecuária é tão difícil, como fazemos e por que escolhemos isso?” Because it’s one hell of a life! (Porque é uma vida e tanto ou uma baita de uma vida) é a resposta de John. Espero poder assistir a pessoas se adaptando ao que o novo mundo pede. É o momento de repensar de que forma estamos fazendo acontecer. Espero também ver cada vez mais jovens, com suas perspectivas curiosas e revolucionárias, sentindo interesse e orgulho de fazer parte de uma cadeia tão importante que literalmente nutre o mundo inteiro.

Figura 4

 

 

"Assim como todas as partes da sociedade, a pecuária também precisa fazer sua parte e ajudar a reduzir seu impacto no clima. Podemos e devemos fazer isso. Mas não devemos inventar histórias de que esses animais são responsáveis pela maioria das emissões. Eles não são responsáveis pela maioria das emissões." Dr. Frank Mitloehner - Diretor, CLEAR Center na Universidade da Califórnia, Davis."

 

 

Diante de uma iniciativa como essa, precisamos fazer nossa parte: seguir e acompanhar o projeto nas diferentes redes sociais, divulgar o site e o trailer, engajar e contribuir para um alcance cada vez maior e estarmos abertos ao diálogo com aqueles que nunca pisaram na terra – sempre com embasamento e nunca com agressividade.

O esforço agora é para que, em breve, todos tenham o ao conteúdo nas principais plataformas e o documentário alcance aqueles que se importam com um futuro melhor para pessoas, animais e planeta. Ele chega para contribuir com o que o setor inteiro entende como um grande gargalo: a nossa comunicação. Avante!

Figura 5

 

Site: https://worldwithoutcows.com/

Redes Sociais:
Instagram: @worldwithoutcows
Facebook: World Without Cows
LinkedIn: worldwithoutcows
TikTok:@worldwithoutcows


Trailer:
https://www.youtube.com/watch?v=nz4D7CIXZ5Y&t=9s

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Ernani Paulino do Lago
ERNANI PAULINO DO LAGO

VIÇOSA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 15/11/2024

Texto simplesmente explendido. Parabéns Diana
Diana Jank
DIANA JANK

DESCALVADO - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 18/11/2024

Muito obrigada, Ernani!
Ricardo Rodante Sechis
RICARDO RODANTE SECHIS

BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL

EM 14/11/2024

Parabéns pelo texto! Você fez o seu papel em despertar a curiosidade em quem lê. Ansioso para assistir!
Diana Jank
DIANA JANK

DESCALVADO - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 18/11/2024

Fico feliz, Ricardo! Está imperdível.
Muito obrigada.
Qual a sua dúvida hoje?

Um mundo sem vacas

Com uma perspectiva neutra de jornalistas que nunca pertenceram ao agro e viajaram pelo mundo para responder: o mundo seria melhor (mais sustentável) sem vacas?

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Nos últimos dias, tive a grande oportunidade de participar do evento Presidents Club organizado pela Alltech nos Estados Unidos. O evento é feito para CEO’s do mundo inteiro e proporciona grande imersão dentro de temas relevantes da atualidade, debates, estudos de caso e experiências enriquecedoras. Fala-se sobre o presente, o futuro e tudo que isso envolve, provocando-nos sobre onde e como queremos estar daqui a alguns anos como pessoas, empresas e setor diante de um contexto com desafios e oportunidades.

Além disso, a organização dá uma aula de gestão, valores, cultura de empresa e relacionamento. Sinto-me verdadeiramente privilegiada por dividir o tempo e o espaço com líderes como Dr. Mark Lyons. Ele olha nos olhos, escuta e recebe tudo e todos com muita presença, dialoga de igual para igual com jovens, transborda propósitos e faz as coisas acontecerem de fato muito além dos seus objetivos como instituição. Vale a inspiração!

evento Presidents Club organizado pela Alltech nos Estados Unidos.
Evento Presidents Club organizado pela Alltech nos Estados Unidos. Foto: autora.

Dentro dessa programação, também tive a oportunidade de assistir a um documentário que estava ansiosa há tempos para ver: World Without Cows (Um mundo sem vacas, título definido em português).

Vou começar pelo final: 1h30 depois da estreia em um lindo teatro antigo no meio da cidade de Lexington, eu estava aplaudindo, em pé e com lágrimas nos olhos. Meus pais e minhas duas irmãs se encontravam exatamente na mesma posição. Não sei afirmar o que pesou mais: uma vida inteira vivendo em uma fazenda de leite e o conforto de enxergar minha realidade representada na vida de muitas outras pessoas, ou meu lado da área de comunicação em êxtase com um material tão completo, necessário e bem produzido.

Teatro em Lexington
Teatro na cidade de Lexington, onde foi exibido o documentário. Fonte: autora.

O documentário traz uma perspectiva totalmente neutra na voz de dois jornalistas que nunca pertenceram ao Agronegócio e se propam a viajar ao redor do mundo para se aprofundar em realidades diferentes a fim de chegar na resposta se o mundo seria melhor – leia-se mais sustentável – sem vacas. Sem muito spoiler, posso adiantar que no fim, brilhantemente, o filme não te entrega uma resposta e, sim, abre espaço para reflexão e discussão. Palmas para esse tipo de narrativa. 

A ideia de abordar um tema complexo, com muitas camadas, nuances e constantemente atacado – muitas vezes apenas na superficialidade –, mas dessa vez completamente baseado em dados, perspectivas diferentes, histórias e contextos únicos, é feita com maestria e imparcialidade.
Sabemos que existe uma equação no mundo para ser resolvida pelos seres humanos: população crescente que precisa ser alimentada versus  o a recursos finitos para produzir comida.

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O grande debate gira, portanto, em torno de visões sobre produzir de forma eficiente ou de forma regenerativa. Alternativamente, em um meio de caminho entre ambas. Essa decisão cabe a cada um de nós – produtores e consumidores. Sem resposta pronta ou certa. Vale, de fato, a reflexão. E acima de tudo, imprescindível o o à realidade e às ferramentas na mão para uma tomada de decisão baseada em fatos dentro do que cada um acredita para o futuro, ou pelo menos, o início para um diálogo com aqueles que insistem que a solução do aquecimento global é parar de comer carne. Jay  Waldvogel (Former Senior Vice President, Strategy and International Development da Dairy Farmers of America) fez uma feliz colocação sobre os pontos que mais chamaram sua atenção no filme durante o de discussão no dia seguinte ao documentário: o formato escolhido de mostrar a ciência por meio de storytelling. Eu também acredito muito nisso. Aproxima. Conecta. Engaja.

Cena do documentário
"
Nosso objetivo é ampliar a conversa sobre pecuária e clima". Cena do documentário. Foto: autora.

Posso afirmar também que saí reflexiva como produtora, consumidora e pessoa.

Como produtora, a lição é sobre a união da cadeia. Não existe uma resposta certa sobre qual é a forma mais sustentável de produzir comida. Vivemos diferentes contextos, realidades, climas, governos, legislações, terras, espaços, os e culturas ao redor do mundo! Ainda bem. Torço para que o setor restabeleça a conexão entre o campo e o consumidor e seja o mais sustentável possível dentro de suas particularidades. Afinal, é o único que tem o grande poder de remoção quando o assunto é emissão de gases do efeito estufa. E ser solução em um momento de crise climática é uma das maiores ferramentas que podem ser usadas pelo Agronegócio.

Como consumidora, fico feliz por assistir a um conteúdo que me traz dados científicos em uma linguagem ível. A educação é o caminho para transformarmos realidades. Oferecer informações com embasamento para que cada ser humano tenha o discernimento para poder fazer escolhas e tomar decisões é essencial. Para mim, rastreabilidade é palavra de ordem quando se trata de consumo no mundo que vivemos hoje – em qualquer setor. É saudável me deparar com diferentes modelos de produção e, na gôndola do supermercado, poder fazer a escolha que, dentro da minha realidade, conversa com o que eu acredito. Comer é um ato político e defenderei sempre a importância de escolher conscientemente o que eu levo para dentro da minha casa. Indo direto ao ponto: é essencial ter muita responsabilidade sobre quem e o quê eu apoio dentro de todos os recortes para que essa escolha possa existir, obviamente.

Por fim, como pessoa, me emociona ver muita gente ao redor do mundo abrindo suas porteiras e mostrando suas diferentes vivências no campo. É a tal paixão que tantos falam e que só quem vive sabe o que é sentir, diariamente, na pele. Os jornalistas não sabiam qual era esse sentimento, da mesma forma que outras bilhões de pessoas ao redor do mundo também desconhecem. Mais uma vez, ponto para o documentário que conseguiu romper essa bolha. Já dizia John Dutton na série Yellowstone ao ser questionado pelo seu neto: “se a pecuária é tão difícil, como fazemos e por que escolhemos isso?” Because it’s one hell of a life! (Porque é uma vida e tanto ou uma baita de uma vida) é a resposta de John. Espero poder assistir a pessoas se adaptando ao que o novo mundo pede. É o momento de repensar de que forma estamos fazendo acontecer. Espero também ver cada vez mais jovens, com suas perspectivas curiosas e revolucionárias, sentindo interesse e orgulho de fazer parte de uma cadeia tão importante que literalmente nutre o mundo inteiro.

Figura 4

 

 

"Assim como todas as partes da sociedade, a pecuária também precisa fazer sua parte e ajudar a reduzir seu impacto no clima. Podemos e devemos fazer isso. Mas não devemos inventar histórias de que esses animais são responsáveis pela maioria das emissões. Eles não são responsáveis pela maioria das emissões." Dr. Frank Mitloehner - Diretor, CLEAR Center na Universidade da Califórnia, Davis."

 

 

Diante de uma iniciativa como essa, precisamos fazer nossa parte: seguir e acompanhar o projeto nas diferentes redes sociais, divulgar o site e o trailer, engajar e contribuir para um alcance cada vez maior e estarmos abertos ao diálogo com aqueles que nunca pisaram na terra – sempre com embasamento e nunca com agressividade.

O esforço agora é para que, em breve, todos tenham o ao conteúdo nas principais plataformas e o documentário alcance aqueles que se importam com um futuro melhor para pessoas, animais e planeta. Ele chega para contribuir com o que o setor inteiro entende como um grande gargalo: a nossa comunicação. Avante!

Figura 5

 

Site: https://worldwithoutcows.com/

Redes Sociais:
Instagram: @worldwithoutcows
Facebook: World Without Cows
LinkedIn: worldwithoutcows
TikTok:@worldwithoutcows


Trailer:
https://www.youtube.com/watch?v=nz4D7CIXZ5Y&t=9s

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Ernani Paulino do Lago
ERNANI PAULINO DO LAGO

VIÇOSA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 15/11/2024

Texto simplesmente explendido. Parabéns Diana
Diana Jank
DIANA JANK

DESCALVADO - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 18/11/2024

Muito obrigada, Ernani!
Ricardo Rodante Sechis
RICARDO RODANTE SECHIS

BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL

EM 14/11/2024

Parabéns pelo texto! Você fez o seu papel em despertar a curiosidade em quem lê. Ansioso para assistir!
Diana Jank
DIANA JANK

DESCALVADO - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 18/11/2024

Fico feliz, Ricardo! Está imperdível.
Muito obrigada.
Qual a sua dúvida hoje?