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Menos caos, mais lucro: como estruturar o controle de custos na fazenda

A falta de controle de custos pode estar minando a rentabilidade da sua fazenda. Entenda por que adotar uma mentalidade empresarial é o primeiro o para virar o jogo.

Publicado em: - 8 minutos de leitura

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Todos que atuam na pecuária já ouviram diversas vezes sobre a importância dos custos de produção. Entende-se que o controle desses custos é um dos pilares fundamentais para a gestão eficiente de uma fazenda leiteira. No entanto, muitos produtores e técnicos enfrentam dificuldades para implementar essa prática devido à rotina intensa do dia a dia, que acaba tomando tempo e desviando o foco das atividades gerenciais. amos muito mais tempo no operacional do que no estratégico!

Com isso, perdemos o real entendimento da atividade e de como a produção deveria ser executada. Assim, infelizmente, as decisões am a ser tomadas com base na intuição, e não em dados concretos — o que pode comprometer a lucratividade do negócio.

 

Por que realmente devemos iniciar o controle de custos? 

Não é clichê dizer que, com o controle dos custos de produção, nós, técnicos e produtores, conseguimos compreender quais são os principais gargalos financeiros da fazenda. Dessa forma, é possível identificar oportunidades de economia e estratégias para melhorar a rentabilidade.

Outro ponto extremamente importante é a possibilidade de comparar os resultados ao longo do tempo, verificando onde há maior eficiência ou prejuízo, e como os resultados estão sendo alcançados de acordo com o planejamento e as atividades diárias. Muitas vezes, essas mudanças não são percebidas sem esse tipo de comparativo.

Uma outra vantagem, que também contribui para a melhoria do operacional, é a definição de metas realistas para o crescimento sustentável da atividade. Isso auxilia na organização das rotinas diárias, mensais e anuais, facilitando a execução e o dimensionamento do trabalho. Muitas vezes, a dificuldade não está na falta de conhecimento técnico, mas sim na falta de tempo e na sobrecarga de tarefas operacionais.

Sabemos que a realidade de muitas propriedades leiteiras é marcada por uma rotina intensa, com múltiplas atividades simultâneas, como:

Nesse cenário, o tempo para registrar números, analisar custos e organizar as finanças acaba sendo deixado em segundo plano.

Ainda existe outra questão que precisa ser analisada: a descentralização da informação. Muitas fazendas utilizam anotações em papel ou registros informais, sem controle ou rotina definida, anotando apenas quando se lembram ou quando há tempo. Isso dificulta a consolidação dos dados e a tomada de decisões baseadas em informações precisas.

 

Diante desse cenário, como superar a desorganização e iniciar um controle eficiente? 

Lembrando que cada fazenda tem sua rotina, suas demandas e sua capacidade produtiva,  existem estratégias que podem auxiliar na implementação dessa rotina. Não estou dizendo que é fácil, mas que é possível, desde que quem está à frente da atividade, se interesse por isso. 

 

Mentalidade empresarial 

De nada adianta, a partir deste texto, surgir o interesse em realizar o controle dos custos de produção pelas vantagens mencionadas até agora, se isso não fizer sentido real em nossa mente. Precisamos renovar nossa forma de pensar e entender que não estamos lidando apenas com uma propriedade, mas com uma empresa. Sendo assim, será necessário reservar momentos para pensar, planejar e estruturar a rotina e a organização, com o objetivo de entender como a atividade está funcionando e buscar, estrategicamente, ser mais eficiente com os recursos utilizados no dia a dia.

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E isso não é apenas responsabilidade do funcionário ou do técnico que atua na fazenda — deve ser, primeiramente, adotado pelo produtor. Querer ser o empresário e o principal conhecedor do seu negócio.

É necessário, produtor, entender que você merece ter uma atividade rentável, que sustente sua família, que permita uma operação sustentável e que lhe proporcione tempo para outras áreas da vida. É preciso saber para onde a atividade está caminhando e tomar as rédeas disso. Mas, para que isso aconteça, tudo começa com sua atitude e seu posicionamento!

Não será da noite para o dia, não será fácil, mas quando decidimos que queremos mudança, já damos um o à frente rumo ao nosso objetivo.

 

Evite ruídos e perda do foco 

Temos mais facilidade em reclamar do que em agradecer — e isso se aplica a várias áreas da vida. Sabemos que a reclamação nos leva a um ciclo vicioso de desmotivação e procrastinação. Reclamar, por si só, não serve de nada e já cria um bloqueio para qualquer nova tentativa: “Não tenho tempo, não tenho paciência, já estou há tanto tempo assim, nada vai mudar, nem adianta começar…” E por aí vai. O que se ganha com isso? Apenas um reforço negativo de que é melhor continuar como está, já que “nada vai mudar”. Mas mudança dói, nos tira da zona de conforto, exige estudo, exige mudar rotinas, aprender coisas novas. Todo começo é difícil — não vou mentir. Mas, com o tempo, fica mais leve e se torna um hábito.

Outro ponto importante: com quem você está aprendendo? Se você está sempre cercado de pessoas estagnadas, sem ambição de crescer, será mais um nesse grupo. Não estou dizendo que você deva trocar suas amizades, mas, profissionalmente, procure estar próximo de pessoas que estão crescendo, que estão tendo resultados — até mesmo produtores bem-sucedidos.

Pense que você também pode ser como eles, caminhando no seu tempo, rumo ao seu objetivo. A informação está o tempo todo em nossas mãos, e precisamos ser mais criteriosos com o que estamos fazendo com ela: estamos usando para crescer ou para permanecer estagnados?

 

Definir um método e criar o hábito de registro  

Você pode usar celular, computador, planilhas, softwares de gestão ou até mesmo o bom e velho caderno — o mais importante é que o método faça sentido para a coleta de dados e permita comparar os resultados ao longo do tempo.

Recomendo, em especial, o uso de planilhas que podem ser adas no computador e impressas para anotações diárias, ou ainda softwares de gestão que oferecem planilhas de campo integradas. Eles facilitam o registro rápido das informações e permitem gerar comparativos e métricas do sistema. Se você nunca usou nenhuma dessas ferramentas, talvez seja a hora de aprender. Nossa mente é totalmente capaz de absorver algo novo!

Mas, de nada adianta ter o método certo se os dados não forem coletados, certo? Por isso, crie uma rotina. Reserve, por exemplo, duas horas em um dia da semana para registrar e organizar as informações. E, ao longo dos dias, guarde todas as notas e comprovantes em uma pasta ou no celular. Comece com pequenos os — registros simples e constantes são muito mais eficazes do que tentativas esporádicas de organizar tudo de uma vez.

 

Separar e classificar os custos corretamente 

Independentemente do método de coleta de dados, um ponto crucial na gestão financeira da pecuária leiteira é saber alocar os números nos centros de custos corretos. Essa organização é o que permite uma análise clara e objetiva dos dados, apontando onde estão os gargalos e onde é possível ganhar eficiência.

A primeira divisão fundamental está entre custos fixos e custos variáveis:

  • Custos fixos são aqueles que não mudam com o volume de produção. Estão sempre presentes, como salários, arrendamentos, parcelas de financiamentos, prestações e depreciação de bens.

  • Custos variáveis oscilam conforme a produção, mesmo que ocorram com frequência. Aqui entram alimentação, sanidade, reprodução, manutenção, combustível e insumos de uso geral.

Em alguns modelos de controle mais detalhados, esses dados são organizados entre Custos Operacionais Efetivos (COE) e Custos Operacionais Totais (COT). O COE inclui todos os custos que exigiram desembolso naquele mês — tanto fixos quanto variáveis. Já o COT contempla o COE acrescido de itens que não envolvem pagamento imediato, como a depreciação e outros custos não caixa (esses merecem um texto só para eles, falaremos mais à frente).

Essa classificação correta dos custos melhora a interpretação dos indicadores econômicos da fazenda leiteira ao longo do tempo, ajudando a mensurar o impacto de cada gasto na atividade e facilitando a identificação de desperdícios. Com isso, o produtor pode agir com mais segurança para tornar o negócio mais rentável e sustentável.

 

Realizar reunião para explicação dos custos 

Se você, produtor, trabalha sozinho, essa “reunião” será um momento individual de reflexão — mas com duas visões: a de gestor e a de operador. Se há mais pessoas envolvidas na atividade, reúna a equipe. O objetivo é claro: entender como os custos da produção de leite se comportaram no mês e como isso afetou a rentabilidade da fazenda.

Analise o custo total mensal, o custo por litro de leite e qual foi a margem líquida obtida. Compare esses resultados com o planejado. Isso ajuda a traçar o custo projetado para o mês seguinte e estabelecer metas realistas de curto prazo. Essa prática contribui diretamente para uma gestão rural mais estratégica e orientada por dados.

Separe de 40 minutos a 1 hora de um dia no mês para essa conversa. Aproveite o momento para registrar os pontos discutidos — tanto os positivos quanto os que precisam de atenção — e reconheça os esforços de todos os envolvidos. No fim do mês, você já terá uma base sólida para antecipar o que vem pela frente, o que facilita o planejamento das próximas ações.

Reservar um tempo regularmente para revisar os dados financeiros e discutir estratégias de redução de custos na pecuária leiteira transforma a forma como a fazenda é gerida. Além de evitar surpresas desagradáveis, esse hábito permite identificar tendências, antecipar problemas e tomar decisões antes que os desafios se transformem em crises.

 

Agora é hora de agir

Então, diante disso, iniciar o controle dos custos de produção será sim um desafio que vai exigir disciplina e organização, mas será um o essencial para o crescimento pessoal e profissional da fazenda leiteira. Não esqueça que a implementação de processos simples e eficazes pode fazer toda a diferença, permitindo a você tomar decisões embasadas e garantir a rentabilidade do seu negócio no longo prazo, apesar da rotina intensa e das dificuldades operacionais, digo sempre que a gestão financeira não pode ser negligenciada.

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Fernanda Giacomo Ragazzi

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Todos que atuam na pecuária já ouviram diversas vezes sobre a importância dos custos de produção. Entende-se que o controle desses custos é um dos pilares fundamentais para a gestão eficiente de uma fazenda leiteira. No entanto, muitos produtores e técnicos enfrentam dificuldades para implementar essa prática devido à rotina intensa do dia a dia, que acaba tomando tempo e desviando o foco das atividades gerenciais. amos muito mais tempo no operacional do que no estratégico!

Com isso, perdemos o real entendimento da atividade e de como a produção deveria ser executada. Assim, infelizmente, as decisões am a ser tomadas com base na intuição, e não em dados concretos — o que pode comprometer a lucratividade do negócio.

 

Por que realmente devemos iniciar o controle de custos? 

Não é clichê dizer que, com o controle dos custos de produção, nós, técnicos e produtores, conseguimos compreender quais são os principais gargalos financeiros da fazenda. Dessa forma, é possível identificar oportunidades de economia e estratégias para melhorar a rentabilidade.

Outro ponto extremamente importante é a possibilidade de comparar os resultados ao longo do tempo, verificando onde há maior eficiência ou prejuízo, e como os resultados estão sendo alcançados de acordo com o planejamento e as atividades diárias. Muitas vezes, essas mudanças não são percebidas sem esse tipo de comparativo.

Uma outra vantagem, que também contribui para a melhoria do operacional, é a definição de metas realistas para o crescimento sustentável da atividade. Isso auxilia na organização das rotinas diárias, mensais e anuais, facilitando a execução e o dimensionamento do trabalho. Muitas vezes, a dificuldade não está na falta de conhecimento técnico, mas sim na falta de tempo e na sobrecarga de tarefas operacionais.

Sabemos que a realidade de muitas propriedades leiteiras é marcada por uma rotina intensa, com múltiplas atividades simultâneas, como:

Nesse cenário, o tempo para registrar números, analisar custos e organizar as finanças acaba sendo deixado em segundo plano.

Ainda existe outra questão que precisa ser analisada: a descentralização da informação. Muitas fazendas utilizam anotações em papel ou registros informais, sem controle ou rotina definida, anotando apenas quando se lembram ou quando há tempo. Isso dificulta a consolidação dos dados e a tomada de decisões baseadas em informações precisas.

 

Diante desse cenário, como superar a desorganização e iniciar um controle eficiente? 

Lembrando que cada fazenda tem sua rotina, suas demandas e sua capacidade produtiva,  existem estratégias que podem auxiliar na implementação dessa rotina. Não estou dizendo que é fácil, mas que é possível, desde que quem está à frente da atividade, se interesse por isso. 

 

Mentalidade empresarial 

De nada adianta, a partir deste texto, surgir o interesse em realizar o controle dos custos de produção pelas vantagens mencionadas até agora, se isso não fizer sentido real em nossa mente. Precisamos renovar nossa forma de pensar e entender que não estamos lidando apenas com uma propriedade, mas com uma empresa. Sendo assim, será necessário reservar momentos para pensar, planejar e estruturar a rotina e a organização, com o objetivo de entender como a atividade está funcionando e buscar, estrategicamente, ser mais eficiente com os recursos utilizados no dia a dia.

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É necessário, produtor, entender que você merece ter uma atividade rentável, que sustente sua família, que permita uma operação sustentável e que lhe proporcione tempo para outras áreas da vida. É preciso saber para onde a atividade está caminhando e tomar as rédeas disso. Mas, para que isso aconteça, tudo começa com sua atitude e seu posicionamento!

Não será da noite para o dia, não será fácil, mas quando decidimos que queremos mudança, já damos um o à frente rumo ao nosso objetivo.

 

Evite ruídos e perda do foco 

Temos mais facilidade em reclamar do que em agradecer — e isso se aplica a várias áreas da vida. Sabemos que a reclamação nos leva a um ciclo vicioso de desmotivação e procrastinação. Reclamar, por si só, não serve de nada e já cria um bloqueio para qualquer nova tentativa: “Não tenho tempo, não tenho paciência, já estou há tanto tempo assim, nada vai mudar, nem adianta começar…” E por aí vai. O que se ganha com isso? Apenas um reforço negativo de que é melhor continuar como está, já que “nada vai mudar”. Mas mudança dói, nos tira da zona de conforto, exige estudo, exige mudar rotinas, aprender coisas novas. Todo começo é difícil — não vou mentir. Mas, com o tempo, fica mais leve e se torna um hábito.

Outro ponto importante: com quem você está aprendendo? Se você está sempre cercado de pessoas estagnadas, sem ambição de crescer, será mais um nesse grupo. Não estou dizendo que você deva trocar suas amizades, mas, profissionalmente, procure estar próximo de pessoas que estão crescendo, que estão tendo resultados — até mesmo produtores bem-sucedidos.

Pense que você também pode ser como eles, caminhando no seu tempo, rumo ao seu objetivo. A informação está o tempo todo em nossas mãos, e precisamos ser mais criteriosos com o que estamos fazendo com ela: estamos usando para crescer ou para permanecer estagnados?

 

Definir um método e criar o hábito de registro  

Você pode usar celular, computador, planilhas, softwares de gestão ou até mesmo o bom e velho caderno — o mais importante é que o método faça sentido para a coleta de dados e permita comparar os resultados ao longo do tempo.

Recomendo, em especial, o uso de planilhas que podem ser adas no computador e impressas para anotações diárias, ou ainda softwares de gestão que oferecem planilhas de campo integradas. Eles facilitam o registro rápido das informações e permitem gerar comparativos e métricas do sistema. Se você nunca usou nenhuma dessas ferramentas, talvez seja a hora de aprender. Nossa mente é totalmente capaz de absorver algo novo!

Mas, de nada adianta ter o método certo se os dados não forem coletados, certo? Por isso, crie uma rotina. Reserve, por exemplo, duas horas em um dia da semana para registrar e organizar as informações. E, ao longo dos dias, guarde todas as notas e comprovantes em uma pasta ou no celular. Comece com pequenos os — registros simples e constantes são muito mais eficazes do que tentativas esporádicas de organizar tudo de uma vez.

 

Separar e classificar os custos corretamente 

Independentemente do método de coleta de dados, um ponto crucial na gestão financeira da pecuária leiteira é saber alocar os números nos centros de custos corretos. Essa organização é o que permite uma análise clara e objetiva dos dados, apontando onde estão os gargalos e onde é possível ganhar eficiência.

A primeira divisão fundamental está entre custos fixos e custos variáveis:

  • Custos fixos são aqueles que não mudam com o volume de produção. Estão sempre presentes, como salários, arrendamentos, parcelas de financiamentos, prestações e depreciação de bens.

  • Custos variáveis oscilam conforme a produção, mesmo que ocorram com frequência. Aqui entram alimentação, sanidade, reprodução, manutenção, combustível e insumos de uso geral.

Em alguns modelos de controle mais detalhados, esses dados são organizados entre Custos Operacionais Efetivos (COE) e Custos Operacionais Totais (COT). O COE inclui todos os custos que exigiram desembolso naquele mês — tanto fixos quanto variáveis. Já o COT contempla o COE acrescido de itens que não envolvem pagamento imediato, como a depreciação e outros custos não caixa (esses merecem um texto só para eles, falaremos mais à frente).

Essa classificação correta dos custos melhora a interpretação dos indicadores econômicos da fazenda leiteira ao longo do tempo, ajudando a mensurar o impacto de cada gasto na atividade e facilitando a identificação de desperdícios. Com isso, o produtor pode agir com mais segurança para tornar o negócio mais rentável e sustentável.

 

Realizar reunião para explicação dos custos 

Se você, produtor, trabalha sozinho, essa “reunião” será um momento individual de reflexão — mas com duas visões: a de gestor e a de operador. Se há mais pessoas envolvidas na atividade, reúna a equipe. O objetivo é claro: entender como os custos da produção de leite se comportaram no mês e como isso afetou a rentabilidade da fazenda.

Analise o custo total mensal, o custo por litro de leite e qual foi a margem líquida obtida. Compare esses resultados com o planejado. Isso ajuda a traçar o custo projetado para o mês seguinte e estabelecer metas realistas de curto prazo. Essa prática contribui diretamente para uma gestão rural mais estratégica e orientada por dados.

Separe de 40 minutos a 1 hora de um dia no mês para essa conversa. Aproveite o momento para registrar os pontos discutidos — tanto os positivos quanto os que precisam de atenção — e reconheça os esforços de todos os envolvidos. No fim do mês, você já terá uma base sólida para antecipar o que vem pela frente, o que facilita o planejamento das próximas ações.

Reservar um tempo regularmente para revisar os dados financeiros e discutir estratégias de redução de custos na pecuária leiteira transforma a forma como a fazenda é gerida. Além de evitar surpresas desagradáveis, esse hábito permite identificar tendências, antecipar problemas e tomar decisões antes que os desafios se transformem em crises.

 

Agora é hora de agir

Então, diante disso, iniciar o controle dos custos de produção será sim um desafio que vai exigir disciplina e organização, mas será um o essencial para o crescimento pessoal e profissional da fazenda leiteira. Não esqueça que a implementação de processos simples e eficazes pode fazer toda a diferença, permitindo a você tomar decisões embasadas e garantir a rentabilidade do seu negócio no longo prazo, apesar da rotina intensa e das dificuldades operacionais, digo sempre que a gestão financeira não pode ser negligenciada.

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