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Alcançar uma redução de 30% nas emissões de metano dos bovinos até 2030 exigirá uma abordagem multifacetada, combinando ações para melhorar a dieta e a destinação dos dejetos. Esse foi o consenso entre os especialistas que participaram do webinar do FeedNavigator.
John Tauzel, diretor sênior de metano agrícola global do Environmental Defense Fund (EDF), sediado nos EUA, enfatizou que a ação precoce contra o metano é o caminho para a redução das emissões.
Ele destacou a inexistência de uma solução padronizada para mitigar esse gás, afirmando que "se você tem cinco fazendas diferentes, você tem cinco soluções diferentes que podem ser implementadas de cinco maneiras ou práticas diferentes. Tauzel também comentou que aumentar a produtividade na fazenda e melhorar a saúde animal será importante, mas os grandes ganhos na redução das emissões de metano serão alcançados por meio do gerenciamento otimizado dos dejetos e abordagens de mitigação de metano entérico.
Gestão de dejetos
Para os dejetos, soluções potenciais incluem capturar biogás do armazenamento de esterco ou prevenir completamente a formação de metano, sendo a separação sólido-líquido um método promissor.
Nutrição de precisão e saúde
A Dra. Annie Williams, gerente de desenvolvimento de negócios do UK Agri-Tech Centre, concordou com Tauzel que melhorar o gerenciamento de dejetos apoiará os esforços de redução de metano.
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O UK Agri-Tech Centre está explorando diversas estratégias de mitigação, incluindo aquelas baseadas em uma abordagem de nutrição de precisão envolvendo a formulação de dietas com alinhamento mais próximo às necessidades de aminoácidos e na redução da quantidade de proteína nas dietas animais.
Williams relatou que a equipe também está avaliando como melhorar a qualidade da forragem, particularmente com pastagens de diferentes espécies, uma inovação importante na redução da pegada de carbono e das emissões de gases de efeito estufa (GEE).
Qualidade da forragem?
Jan Dijkstra, professor associado de nutrição animal na Universidade de Wageningen (WUR), Holanda, destacou a importância da qualidade da forragem fornecida às vacas.
Pesquisas realizadas na WUR revelaram que alimentar vacas leiteiras com pasto mais jovem e digerível reduz significativamente as emissões de metano em comparação a alimentá-las com o pasto mais maduro.
Incentivos e parcerias para agricultores
Dr. Pablo Modernel, gerente de programa da Farm Nature, FrieslandCampina, compartilhou como a cooperativa está incentivando reduções de emissões por meio de testes de aditivos para a dieta e incentivos aos produtores.
Ele destacou que a cooperativa está em uma posição única para abordar temas-chave de sustentabilidade em toda a cadeia de suprimentos, incluindo pegada de carbono, biodiversidade, água e energia limpas e melhor nutrição.
A cooperativa fornece aos agricultores conhecimento e ferramentas para reduzir as emissões nas fazendas e promove parcerias e iniciativas de valorização. Medidas implementadas incluem aumentar a longevidade das vacas, reduzir as emissões de GEE com aditivos para dieta, alimentos para o rebanho de baixo carbono e aumentar a biodiversidade. A cooperativa firmou acordos com importantes compradores internacionais para apoiar a redução acelerada das emissões de GEE.
Quer entender como a sustentabilidade na produção leiteira pode ajudar a reduzir as emissões na sua fazenda? No dia 13 de agosto, em Goiânia/GO, você terá essa oportunidade, junto com o Cientista Sênior (Life Cycle Assessment) na Ag Research, André Mazzetto no Workshop “Emissões de gases de efeito estufa e Análise do Ciclo de Vida (ACV) na produção de leite”.
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As informações são do Dairy Reporter, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.
